Caio Cruz retrata em suas pinturas pessoas que passam por fases “obscuras” de suas vidas
O artista plástico, o capixaba Caio Cruz (23 anos), apresenta sua primeira exposição individual. Trata-se de um projeto iniciado em 2015 e intitulado “Mostre-me sua dor”, onde através de temas atuais e controversos, retrata em pinturas, pessoas que vivenciaram momentos e fases obscuras em suas vidas.
“O objetivo do projeto é desconstruir a visão errônea de que a Arte é apenas a representação do que é ‘belo’ diante de uma sociedade que mascara seus sofrimentos”, afirma o artista.
A abertura da exposição aconteceu no dia 07 de julho, na galeria de Artes do Teatro Municipal de Vila Velha e ficará exposta até o dia 31.
De acordo com o mestre em artes, Jorge Magalhães esta mostra é o resultado da imersão de Caio Cruz na intimidade de seus modelos, que através de uma aguçada sensibilidade busca trazer à tona, angústias próprias do homem contemporâneo.
“Depressão, perdas, carências, insatisfações pessoais, memórias traumáticas, término de relacionamentos, problemas familiares, frustrações, vícios, solidão. São inúmeros os sofrimentos emocionais encobertos pelo véu da pós-modernidade, a afligir pessoas de todas as classes sociais, de todas as idades, indistintamente. Ultrapassam limites e fronteiras. Não há vacina que imunize nossa sociedade contra seus vazios. Sem dar-se conta, indivíduos acabam enveredando nalgum caminho tortuoso ou em mais de um deles. Daí, a necessidade de parar por um instante e encarar problemas que nos afligem. Encará-los e reconhecer que existem pode ser o início da redenção. Com olhar atento, Caio Cruz convida pessoas a se despojarem de seus invólucros. A desoprimirem-se. A ficarem à vontade para retirar suas máscaras cotidianas e mostrar suas faces. A abrirem a boca e soltarem gemidos de lamento ou gritos de dor. A despirem-se de roupas e de preconceito. ‘Mostre-me sua dor’, provoca o artista. Esta é a senha para realizar seu trabalho, a ser construído em rápidas pinceladas gestuais e cores representativas daquele momento particular, onde a vida se encherá de Arte e a Arte dignificará a vida. E assim Caio Cruz chega a seu termo, cumpre sua missão. Quem sabe tendo resgatado alguma alma da queda vertiginosa de um errante abismo da vida? Quem sabe? Para a Arte nada é impossível”, afirma Jorge.
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Serviço:
Local: Galeria Eugenio Pacheco de Queiroz no Teatro Municipal de Vila Velha
Endereço: Praça Duque de Caxias, s/n, Centro, Vila Velha (ES)
Período: de 07 a 31 de julho de 2017
Visitação: segunda à sexta de 13h às 21h, sábados de 8h às 21h e domingos de 13h às 21h
Entrada gratuita
