Conhece-te a ti mesmo

 

É possível aproximar-se da inteligência emocional através do autoconhecimento

Quando o assunto é desenvolvimento pessoal, a caminhada precisa iniciar-se pelo começo. Não existe de maneira alguma, mudança ou transformação que seja sustentável, se ela não for embasada em raízes profundas e fortes, como se fossem árvores.

E para que você realmente compreenda o que eu digo, faço-te um convite: tire alguns segundos para ler este texto e imagine-se como se fosse uma árvore. Construa mentalmente ou desenhe em uma folha de papel o terreno no qual você gostaria de estar e siga as minhas orientações:

  • Primeiro pense como seria a copa da sua árvore, as suas folhas e galhos… e se preferir desenhar, inspire-se e mãos a obra!
  • Agora imagine se você quer ser uma árvore que dá frutos ou que irradia beleza pelas cores das suas folhas. Leve a sua imaginação para o papel.
  • Pense em como seria o seu tronco para que ele seja capaz de sustentar com tranquilidade a copa que você imaginou ou que desenhou no papel.
  • E por fim, lembre-se de que uma bela árvore para ser firme e ter sustentação, precisa ter uma raiz profunda o suficiente.

Se você escolheu fazer um desenho, tire alguns segundos para contemplá-lo e retome a leitura assim que estiver preparado. Tome nota, caso ache pertinente. E vamos comigo para o resto da jornada.

O pensar em si mesmo como uma árvore é simbólico. Foi a forma que eu encontrei para exemplificar para você como acontece dentro de nós a expansão através do autoconhecimento.

O que vemos do lado de fora é apenas o resultado daquilo que foi cultivado, a partir do momento em que se plantou a semente. Como em um Iceberg em alto mar, o que vemos é apenas a ponta de algo muito maior, que não é visível a olho nu.

Como diria Antoine de Saint-Exupéry, no livro “O pequeno príncipe”, “o essencial é invisível aos olhos”.

Autoconhecimento, segundo a psicologia, significa o conhecimento que um indivíduo tem sobre si mesmo. Este conhecimento aproxima você da tão sonhada inteligência emocional, que tem como base o saber agir e quando necessário reagir de forma adequada às situações do dia a dia.

Quando digo “adequada”, quero dizer coerente com a pessoa que você é, e com as pessoas com as quais você vive, ou seja, viver com sabedoria e discernimento, de maneira saudável.

Mas vamos lá, se este caminho fosse fácil, todos nós viveríamos bem, respeitando as diferenças que existem entre nós, trabalhando para o bem-estar comum e jamais haveria guerras, distinção de raça, cor e ideologias. Eu não sei você, mas não é exatamente essa boa convivência que eu tenho visto por aí, atualmente.

Muito pelo contrário, vivemos em um mundo onde os relacionamentos se tornam estremecidos por simples discordância de opinião ou competitividade por espaço, basta que o outro acredite em algo que seja diferente de mim ou que represente uma ameaça profissional ou pessoal, para que percamos o bom senso e a noção de coletividade e compartilhamento.

Boa parte desses problemas seriam resolvidos, se cultivássemos a compreensão pelo diferente e isso apenas é possível quando conhecemos mais a nós mesmos.

Autoconhecer-se significa escolher “caminhar por um caminho” de profundo questionar-se, onde a reflexão sobre as experiências obtidas na vida ajuda a evitar a repetição de erros que nos levam ao sofrimento e também nos direcionam a um caminho de maior paz interior, e leva-nos, principalmente, a ter respeito pela história do outro, que sendo diferente da minha história não significa nada, além disso. Nem maior nem menor, apenas diferente!

Conhecer a si mesmo é abrir a mente para novas formas de ver e compreender o outro, é permitir ser empático mesmo quando esse outro não te agrada por sua forma diferente de pensar ou de agir.

A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”. Albert Einstein)

Não existem verdades, apenas pontos de vista, formas de enxergar a mesma coisa a partir da peculiaridade com que cada um de nós foi constituído (nossa criação, nossa história de vida).

Autoconhecimento, sim, é poder! E a nossa caminhada por aqui, está apenas começando.

Deixe um comentário

Eu amo meu bairro - Grande Vitória