Entenda sobre o que é a doença de Alzheimer e seus sintomas

Prevenção e tratamento: evitar o stress e cuidar do cérebro são alternativas

Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, a doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas que pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. (fonte: http:// abraz.org.br/sobre-alzheimer/o-que-e-alzheimer).

O Doutor Jorge Luiz de Miranda, especialista em Medicina Psicossomática e Psicologia Junguiana diz que a Alzheimr faz parte das doenças degenerativas do sistema nervoso caracterizada por atrofia cerebral (perda da massa cinzenta do cérebro), é depósito de substâncias amilóides (proteínas deformadas) e se apresenta como uma demência ou perda das funções cognitivas (memória, orientação, atenção e lin- guagem) causada pela morte das células cerebrais. De acordo com Jorge, o sintoma que mais chama a atenção é a perda progres- siva da memória para fa- tos recentes, inicialmente. Ele diz que com o tempo há desorientação, falhas na atenção e dificuldades na linguagem.

“Não se sabe exatamente as causas da Alzheimer, mas alguns fatores de riscos como o stress, o sedentarismo e o abuso de açúcares podem contribuir com o aparecimento da doença. Alguns autores chamam de diabetes cerebral. No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz)”.

Jorge diz que o tratamento é dirigido para tentar melhorar o déficit de memória, corrigindo o desequilíbrio químico do cérebro e acrescenta que drogas como a rivastigmina, donepezil (Eranz), galantamina (Reminyl), entre outras, podem funcionar melhor no início da doença, até a fase intermediária. Porém, seu efeito pode ser temporário, pois a doença de Alzheimer continua progredindo.

“Estudos recentes apontam que a intoxicação por alumínio possa estar relacionado a origem da doença. O uso crônico de ansiolíticos está relacionado a perda da memória já que as emoções são importantes no registro das informações. Fatos que nos emocionam são mais facilmente gravados em nossa memória. A memória sofre influência de uma lei natural conhecida como lei do uso e desuso. Aquilo que não é usado é perdido. O uso de nosso cérebro, ou seja, mantê-lo ativo é importante na prevenção da doença”, finaliza.

A Ginástica cerebral auxilia o tratamento da doença

Segundo Nena Simões, diretora do Instituto Revigora, a pessoa que tem a doença de Alzheimer consegue realizar atividades de neuróbica (ginástica para o cérebro), dependendo da gravidade da doença.

“Neste caso, a indicação é para que a doença diminua sua progressão, retardando o processo de evolução. Se a pessoa continuar praticando os exercícios em sua rotina diária (como os exercícios físicos), a tendência é que o avanço da doença seja lento”, informa.

“Cuidar de um doente de Alzheimer só é difícil quando não está sendo medicado”

A enfermeira Roseli Ferreira Silva, sócia proprietária da Casa de Repouso Recanto das Orquídeas fala que cuidar da pessoa doente de Alzheimer só é difícil quando não está sendo medicada, pois pode se tornar agressiva, agitada, esquecida e, muitas vezes, irritada por não lem- brar de certas situações.

“O doente pode ficar agressivo com a própria família, acreditando que está contra ele. Estando ele medicado, se torna uma pessoa mais amável e bastante inteligente, mesmo tendo momentos de esquecimento. Sempre tem resposta para tudo. Embora, mesmo com a medicação, pode implicar com alguém, acreditando não gostar dele. O doente não se sente com Alzheimer. Falar da doença para ele é como se referir a uma outra pessoa. Medicados, eles são pessoas queridas, fáceis de lidar em alguns momentos e difíceis em outros. No entanto, não deixam de ter suas características peculiares. Os pacífi- cos se tornam um pouco agressivos. Perdem a razão e o limite. As mulheres submissas aos maridos, por exemplo, com a Alzheimer se libertam. Em meu trabalho ‘esquecemos’ que os pacientes têm Alzheimer, pois sabemos que a pessoa precisa de carinho e compreensão. Então, cuidamos do doente com muita atenção”, afirma Roseli.

 

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