Certa vez, eu estava em um restaurante e, enquanto comia, quis pedir uma bebida. Daí, fiquei olhando para os garçons que transitavam pelo salão, esperando que algum deles olhasse na minha direção pra eu chamá-lo até a minha mesa. Só que eles tinham o olhar muito localizado, nenhum deles olhava o salão como um todo. Terminei de comer e fui embora sem a minha bebida.
No capítulo 4 de João, Jesus estava passando pela região da Samaria, indo na direção de Jerusalém e ali, no território dos desafetos do povo judeu, ele faz uma parada e diz: “Levantem seus olhos e vejam os campos, que já estão brancos, prontos para a colheita” (v. 35). A mente estreita do nacionalismo exclusivista judaico mantinha os olhares daqueles discípulos focados apenas em Israel. Faltava amplitude de visão para ver que Jesus fora enviado para a salvação do mundo todo e não de um povo apenas.
O líder precisa ter uma visão ampliada, deve observar um cenário muito maior do que o seu contexto imediato. Isso vai moldar os seus sonhos, expandir os raios da sua influência, revelará novas oportunidades e se refletirá nos resultados do seu trabalho. Possuir uma visão ampla significa ver além do bairro; ver a cidade, o estado, o país e o mundo.
Uma liderança efetiva é aquela que, além de ver uma árvore específica, vê, ao mesmo tempo, a floresta como um todo; ou seja, tem uma ação local, mas a sua visão é global.