DEUS FALA NO SILÊNCIO

Em uma interpretação precisa dessa época em que estamos vivendo, Richard Foster observa o seguinte: “Na sociedade contemporânea nosso adversário se especializa em três coisas: ruído, pressa e multidões”. Foster prossegue: “Se esperamos ultrapassar as superficialidades de nossa cultura – inclusive a religiosa – devemos estar dispostos a descer aos silêncios recriadores, ao mundo interior da contemplação”
(Celebração da Disciplina, p 13).

Sobre a prática do silêncio, da solitude, encontramos em Jesus um excelente exemplo. Por diversas vezes, os evangelhos dizem que ele escapava das multidões e “fugia” para um lugar reservado (Marcos 6.31-32). Quando o Senhor vai ao horto do Getsêmani para a conhecida oração de entrega, Lucas diz que era seu costume frequentar aquele ambiente (Lucas 22.39).

Precisamos, com urgência, restaurar essa prática tão comum para os gigantes da fé, aqueles que nos antecederam na história da Igreja. J.S. Baxter diz: “Nos espaços mais solitários da vida, Deus fala solenemente. Ali é que mais o encontramos” (Examinai as escrituras, v 3, p 60).

Um estilo de vida agitado, cheio de compromissos que esgotam nosso tempo e nossas energias, representa um perigo para aqueles que almejam uma maior profundidade no relacionamento com Deus.

Sem qualquer dúvida, os líderes são os mais expostos a esse risco e, por essa razão, precisam se manter em constante vigilância.

Pr. Joarês Mendes de Freitas

Eu amo meu bairro - Grande Vitória