Algumas das formas como Deus trabalha e certos modos como ele conduz os fatos, às vezes, são bem inusitados. Ele foge do trivial e age de um jeito muito próprio. Ao enviar Samuel até a casa de Jessé para ungir o novo rei de Israel, claro que ele já havia escolhido Davi, mas não informa isso ao profeta.
Em Belém, os filhos de Jessé são apresentados um por um, mas nenhum dos sete foi o escolhido.Talvez um tanto confuso, o profeta pergunta ao pai: “Estes são todos os seus filhos?” A resposta foi: “Ainda tenho o menor deles, que está no campo com as ovelhas”. Então, quando Davi é trazido, Deus diz a Samuel: “Este é o novo rei de Israel, pode fazer a unção”.
Pela lógica humana, Deus teria dito ao profeta: vá até a casa de Jessé, em Belém (talvez dado o endereço!) e derrama o óleo da unção sobre a cabeça de Davi, o filho mais novo, porque eu o escolhi como novo rei da nação. Simples assim! A questão é que Deus trabalha com processos. Para ele o trajeto pode ser tão ou até mais importante que o destino. Nesse caso, aprendemos algumas lições.
Deus tem um momento certo para revelar a sua vontade (o Senhor diz ao profeta: “Eu lhe mostrarei o que fazer”); ficou claro que a escolha seria de Deus, não de Samuel (“Aquele que eu indicar”); Deus escolhe segundo os seus critérios (“O Senhor não vê como vê o homem”); as escolhas de Deus podem ser surpreendentes (de todos, Davi era o menos provável).
Pr. Joarês Mendes de Freitas