COMO VOCÊ ESTÁ TOMANDO SUAS DECISÕES?

Decisões são tomadas em todos os momentos, não somente por seres humanos. Mas, quando se toma uma decisão por instinto, o resultado não será um feedback da busca por significado. De modo geral, terá efeito insuficiente para um propósito e certamente não sustentará uma base sensata em valores.

A sobrevivência dos animais se decorre pelas práticas de atos exercidos pelos seus instintos naturais, principalmente, movidos pelas suas reações imputadas por sensações e apetites.   Uns demonstrando comportamentos despretensiosos que se limitam a adaptação ao ambiente para viver e outros mais aguçados e astutos, que transformam o ambiente para a sua sobrevivência.

A instigação com poder de reflexão, o controle da sensação do medo, a aspiração em vencer o desconhecido e a maneabilidade com as ferramentas, colocaram o ser humano afastado dos demais animais concedíveis na alçada da sobrevivência.

Irrefutavelmente, que as ações com equilíbrio e direção criaram um rastro de evolução a favor da espécie. Porém, em muitas circunstâncias, o instinto continua agindo nas ações humanas, sobretudo nas tomadas de decisões e isso acontece quando não se avoca do entendimento das consequências de uma prática e nem leva em consideração os padrões de princípios para buscar o resultado equânime.

Independentemente de cargo ou função, as pessoas devem estar preparadas e convictas para tomar decisões, principalmente, sobre algo importante de sua vida.  

A forma que se toma decisão não pode ser um enigma, pois em todos os instantes e situação se toma decisão em algum grau. Mas, a falta de certeza e as dificuldades próprias de uma situação, colocam embaraços e inseguranças para definir as convicções, sendo isto uma supressão muito comum na atualidade. Porém, assim agindo, as tomadas de decisões tornam corpóreos, sem critérios, não envolvem a identificação do problema e nem sequer, as concepções para analisar as alternativas com o intuito em buscar a eficiência e valores no resultado da decisão.

Quando toma uma decisão por instinto o resultado não tem importância, pois não leva em consideração consubstanciar a melhor alternativa para solucionar a situação. Longe disso, qualquer resultado é sintetizador do posicionamento.

No mesmo sentido, contextualizando superficialmente, COLLINS e PORRAS (2020), se percebe quando uma decisão é baseada na crença subconsciente se corporiza o estímulo por comoções, sentimentos e emoções. Portanto, dificilmente seja a mais adequada por uma circunstância qualquer.

Na mesma essência, porém admissível até certo ponto, a tomada de decisão baseada em crença consciente, a qual leva em consideração as experiências e esperdices do passado para direcionar a tomada de decisão do momento. Embora, se apoia no entendimento para buscar o melhor caminho na solução do problema, as intepretações são pessoais e dentro de uma compressão já em decurso. Sabe-se que para obter um resultado diferente necessita fazer algo diferente ao contrário, estaremos na mesmice, ou seja, sem evolução.

Existem pessoas que possuem um direcionador aguçado no conhecimento que permite a perspicácia de uma visão geral de um contexto. Essa condição habilita tomadas de decisões concisas e convenientes com a situação. São as decisões por intuição, diferentemente das que surgem naturalmente por instinto. Pois, levam em consideração o discernimento de uma razão cógnita da realidade mensurável, a qual é concisa para suceder em acerto de resultado e desta forma, o desfecho será a advindo de um raciocínio nutrido em conhecimentos.

Quando se deseja alcançar um resultado se deve buscar por aquilo que guia para a direção do propósito. Geralmente, o processo decisório de qualquer organização é ordenado pela criação do sentido adscrito de sua existência como Missão, Visão e Valores, que servirão de vertentes para as tomadas de decisões.

Dentro dessa lógica, a consonância do juízo explicita na Missão organizacional, implica mais que uma tradição filosófica da identidade do negócio. Pois, deve descrever o curso de ação para regar a sua existência como organismo na sociedade e ditar a razão da sua personalidade axiomática. Muito embora, para muitos não vai passar de um quadro ostentado na parede. Entretanto, como designo, a Missão deve determinar e atribuir qualidade ao propósito da sua serventia e subsistência com conduções claras e realistas. 

No mesmo entendimento, a contextualização da Visão empresarial é a rota de orientação na futuridade da empresa.  Assim, a tomada de decisão deve mirar nas observâncias que cursam para o alcance do desígnio predeterminado a chegar.

Por ângulo mais visceral, se concerne os Valores organizacionais, os quais devem determinar as características do comportamento interagente da empresa com o meio e o ambiente. São princípios para orientar e definir as tomadas de decisões dentro das linhas de significado de matrizes. Sendo que estas, servirão de medidas e parâmetros para oferecer personalidade nas atitudes do caminhar da organização. Sem manifestar os valores as tomadas de decisões organizacionais não terão responsabilidades, credibilidade e confiabilidade, para sustentar nos parâmetros interagentes e desta forma, não vai ocorrer o ritual de harmonia e segurança com a sociedade onde está operando.

Como visto, tomar decisão é um grande desafio e será muito maior quando não há posicionamento de significado.  As empresas devem estabelecer mecanismos de instruções para propor soluções adequadas em suas relações e mediações. Do mesmo modo, as pessoas que independentemente de cargo, função e representação, devem estar preparadas e convictas para se posicionar com sua definição sobre algo importante de sua vida. Em ambos casos com respeito, ética, valores e integridade.  

Sem uma corrente de valores e sem proposta de posicionamento, o medo assume uma larga postura inconcludente nas tomadas de decisões. Logo, desorienta as práticas propícias, provocas atitudes incongruente, torna a pessoa calada e convertida para uma decisão não sábia e destrutiva de significância.

Pensar em sobrevivência é se preparar para a tomada de decisão com critérios e convicções. Estando aptos para analisar as alternativas e buscar a eficiência com valores no resultado da decisão. Agir por impulso do instinto se afasta da racionalidade e se aproxima daqueles que estão no ambiente limitados apenas para viver famélico.

Diante de tudo isso, como você está tomando suas decisões? Lembre-se, o que faz sofre é o mesmo que dá causa aos conflitos. Vamos refletir! 

Referência

COLLINS, Jim e PORRAS, Jerry I., FEITAS PARA DURAR: Práticas bem-sucedidas de empresas visionárias. Editora Alta Books, Rio de Janeiro, 2020.

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