Por Ademilson Mota
A maneira como um negócio é conduzido reproduz no jeito como ele se prospera. Nesse sentido, uma gestão deve saber tomar decisões para não criar solavancos na dinâmica empresarial. As decisões empresariais servem para extrair resultados a favor do negócio. Porém, para alavancar diferenciais o gestor deve entender as estruturas hierárquicas e os ambientes que elas atuam. Caso contrário, a empresa vai perdurar em solavancos até sua extenuação. Então, você sabe tomar decisões para evitar os solavancos empresariais?
São as decisões que oferecem agilidade de movimento em todas ações de processos no sistema. Não importa se a linguagens determinantes da atitude seja instruções binárias, escritas ou expressadas pela oralidade, pois as decisões são os veículos para a condução dos acontecimentos que aglutinam os resultados e as consequências em todas as dimensões e seus efeitos.
Tomar decisão é natural na prática habitual da vida familiar, social e profissional, as vezes mesmos sem perceber, as escolhas são feitas e a impulsividade de um fato acontece. Mas, nem todas decisões são fáceis de serem tomadas, sendo algumas difíceis, duvidosas, arriscadas, exigentes e custosas. Contudo, são necessárias e importantes para oferecer afluência nas dinâmicas surgidas em determinada circunstância.
Não é sempre que se pode escolher a opção mais segura, mas geralmente quando se identifica e avalia as particularidades das situações, poderão surgir caminhos que interpretam os enigmas e meios para desatravancar a adversidade ao menor impacto negativo de uma condição.
Se as decisões habituais da vida familiar e social podem ser um grande sacrifício, pressuponha então, a dimensão dos obstáculos nas decisões empresariais. Um ambiente que possui todos os elementos adversos ao equilíbrio e com variáveis completamente atmosféricas, que são formadas por dinâmicas interagentes e atuante nos cenários empresariais. Claudicar nesse estágio, acarreta um ando sem rumo e provoca assimetria no ritmo do negócio e desta forma, os solavancos será uma constante na saúde competitiva da empresa.
A gestão empresarial toma decisões em diferentes situações e uma decisão desalinhada pode comprometer todo o planejamento empresarial, inclusive, gerar consequências irreversíveis. Diante disso, possuir conhecimentos das hierarquias e formas das decisões é essencial para o gestor.
Todas as empresas possuem hierarquias de decisões, mesmo que inconscientes ou não expressadas, sendo que cada uma possui seus custos e suas consequências. Essa hierarquia é constituída na forma de uma pirâmide, operando harmonicamente com a estrutura dos setores organizacionais. Desta forma, as decisões podem ser operacionais, táticas e estratégicas:
- Decisões operacionais são as mais fáceis de serem tomadas, porque envolvem questões tangidas em operacionalidades e produtividades. Retroceder ao ponto de partida, não será expressivamente onerante como as demais. Muito embora, haverá registro de perdas que representam custos. Geralmente, são decisões rotineiras, ou seja, frequentes e com efeitos de prazos curtos, podendo serem realinhadas a qualquer momento. São decisões tomadas na visão executora da empresa e possui o desígnio para ordenar os fluxos aplicados nas atividades de realização.
- Decisões táticas são as medidas técnicas administrativas, que configuram uma posição intermediária a respeito do custo, tempo e abrangência na empresa. Leva em apreço os meios e os recursos a serem aplicados no objetivo do negócio. São as decisões de praxes convivas que penduram na organização. Não será muito fácil retroceder em uma decisão tática e quando isso ficar possível, terá um custo considerável para a empresa, isto porque está ligada diretamente no resultado do negócio. São decisões tomadas com a visão interna da empresa, contém maneiras para instrumentar as circunstâncias designadas para a trajetória no desenvolvimento das ações administrativas empresarial.
- Decisões estratégicas são as deliberações estratagemas que define o plano de direção do empreendimento, envolvem algumas implicações inflexíveis e outras duráveis para o alinhamento do negócio. Por ser decisões a longo prazo e de alto custo para a empresa, são deliberações difíceis de serem revogadas, podendo até decretar a viabilidade ou o colapso empresarial. São decisões tomadas a partir da visão externa da empresa, ou seja, visam acompanhar o cenário do ambiente exterior e realizar a sincronização da direção do negócio.
Todos resultados das decisões dos negócios empresariais são convergidos por dois ambientes, ou seja, ambiente interno e ambiente externo.
O ambiente interno acontece na esfera da empresa, sendo mutável pelas decisões da gestão (decisões operacionais, táticas e estratégicas) que são articuladas para impor competitividade no negócio. Enquanto, que o ambiente externo é proveniente dos fatores e articulações do mercado e a gestão não tem eficácia para mudar, somente deverá monitorar e adaptar suas estratégicas nas convergências condicionadas pelo ambiente.
Então, as tomadas de decisões empresariais obedecem a uma estrutura piramidal com hierarquias instrumentadas para dois ambientes convergentes em propostas distintas. Sendo uma mutável pela gestão e outra que condiciona os aspectos para alinhamento, ambas exigentes de conhecimentos e percepções. Entretanto, quando não há uma gestão profissional, principalmente em empresas familiares, todas as tomadas de decisões são perpetradas por uma pessoa e o pior, concentrando todos os seus esforços em um ambiente.
Tomar decisões baseadas apenas numa visão do ambiente é um risco, mesmo com apoio de tecnologia. A evolutiva dinâmica e a complexidade que compõe as diferentes variáveis de mercado são oscilantes e mutáveis a todo momento. Nesse novo normal, essa complicação é mais acentuada, pois não há configuração de certezas e com isso, gerar eficácia nos resultados dos negócios será uma incógnita que somente poderá ser interpretada com olhares afinados e articulados para as transições dos acontecimentos.
Todavia, em época de crises o gestor busca dar mais atenção as decisões operacionais, objetivando dinamizar a produtividade do negócio e com isso, destina a maior parte do seu tempo nos fluxos de operacionalidade. No entanto, essas são decisões rotineiras e necessitam de pleno acompanhamento. Logo, as demais decisões são levadas a segundo plano ou deixam de serem tomadas.
Quando uma empresa abre mãos das suas decisões estratégicas e táticas para se dedicar plenamente em decisões operacionais, ela deixa de enxergar as informações das oportunidades e dos elementos de riscos. Portanto, perde equilíbrio de competitividade por não possuir proposta de alinhamento com as variáveis interagentes e ainda se expõe as ameaças do mercado.
As tomadas de decisões são essenciais para obter vantagens competitivas do negócio. Deixar de fazer escolhas importantes ou fazer de forma inconsiderada pode resultar em fracasso do negócio, por falta de consistência nas tomadas de decisão dentro da temporalidade. Agora você entende por que muitos negócios estão vivendo em solavancos e não é por falta de tomar decisões. Mas, sim porque há incoerência no fluxo da tomada de decisão e as hierarquias decisórias, nem sempre são levadas em consideração em seus ambientes. Tomar decisões empresariais é um processo racional para assegurar os melhores resultados estratégicos, táticos e operacionais que movimentam o vigor empresarial. Afinal de contas, ninguém gosta de solavancos, então é bom evitar.