Passando alguns dias na casa da minha filha que mora em outro país, convivi de perto com o meu neto mais recente, o Benny, de um ano. Observei que ele gosta muito de um controle remoto, faz de tudo para tê-lo em suas mãos e, quando consegue, mexe no equipamento o quanto pode. Claro que sem resultados, porque lhe falta capacidade para utilizar o controle.
Diante da cena, fiquei pensando o quanto eu mesmo sou apegado a um controle, não de TV, mas da vida, das circunstâncias, das pessoas e mesmo de Deus (por incrível que pareça!). Sendo bem honesto, não é o que ocorre conosco tantas vezes? Queremos decidir por nós mesmos o que é melhor, almejamos controlar as situações do cotidiano e até mandar nas pessoas. Quanta ilusão!!
Nossas próprias orações revelam essa tendência para dominar, controlar. Dizemos pra Deus o que queremos que ele faça e, às vezes, até o como e quando ele deve fazer. Isso está longe daquilo que Jesus viveu e ensinou ao dizer: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade” (Mateus 6.10). Em sua agonia no horto do Getsêmani, a oração do Filho de Deus foi de entrega: “Que não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22.42).
Tiago fala que, quando fazemos os nossos planos, devemos sempre dizer: “Se o Senhor quiser…” (4.15). O governo de Deus em nossa vida requer que devolvamos a ele o controle. Essa é uma atitude necessária e que precisa ser tomada a cada dia.
Pr. Joarês Mendes de Freitas