Por Carlena Pupa
“Já fiz de tudo para emagrecer e não consigo”. Certamente você já ouviu esta frase de um conhecido, amigo ou você mesmo pronunciou ao travar algumas sofridas batalhas com dietas dos mais variados formatos e regras sem alcançar o sucesso desejado. Para não perpetuar esta busca incessante por um corpo que agrade visualmente ou que contribua para se tornar uma pessoa mais saudável, o caminho menos tortuoso é, certamente, a educação alimentar.
Em princípio, pode não ser uma tarefa fácil. Mas, por intermédio de desenvolvimento de competências visando o alcance da meta desejada, no caso o emagrecimento, com mudanças de comportamentos, pensamentos e padrões emocionais, é possível ter uma mente com hábitos diários saudáveis, em que, naturalmente, qualquer regime que venha a se submeter, será muito mais eficaz e menos árduo.
E preciso lembrar que, àqueles que desejam o emagrecimento e estão acima do peso não estão a sós. Vamos aos números de nossa situação de momento: Dados do Ministério da Saúde do ano passado apontaram que 18,9% da população brasileira com idade superior aos 18 anos nas capitais brasileiras é obesa. O percentual foi 60,2% maior do que em 2006, quando a parcela era de 11,8%.
Mas há luz lá no final do túnel e você pode entrar dentro dele também: a proporção de pessoas brigando com a balança se manteve praticamente estagnada a partir de 2015. Para isso, toda escolha parte, prioritariamente, da maneira de pensar, para posteriormente sentir e enfim, colocar em prática rotineiramente de uma forma diferenciada, com o suporte de uma alimentação saudável. Assim, é possível comer de tudo um pouco pode comer de tudo, sem precisar restringir.
Logo em princípio, precisamos eliminar os pensamentos sabotadores como: “vou comer isso somente hoje”, “na segunda-feira eu começo” ou “não consigo mesmo emagrecer porque toda minha família é assim”.
Algumas atitudes também são sabotadoras natas, são os carros-chefes, e também devem ficar distantes da educação alimentar. O primeiro deles é o famoso “Beslicar”. Maus hábitos como se alimentar rapidamente em pé, no carro, em frente a uma tela de TV ou aparelho celular, nos corredores do trabalho ou após abrir inadvertidamente uma embalagem do supermercado. Desta forma, quando ao chegar no momento de sua refeição principal, a pessoa não irá se lembrar do que já foi ingerido e, mesmo assim, vai já para o prato com um saldo calórico muito elevado.
Outro comportamento que atrapalha em muito o emagrecimento é a relação que temos com o sentimento de culpa, na eterna busca da dieta perfeita, em que selecionamos a todo momento o que podemos ou não comer. Este processo é muito cansativo, mesmo porque não será possível para nós vivermos de dieta, em um processo de auto fiscalização eternamente, gerando estresse.
Outros fatores, menos relevantes, mas não menos importantes, também contribuem negativamente para prejudicar nossa mente saudável como a ausência da atividade física, apoio da família e de ter uma auto-imagem negativa.
Por fim, obviamente, nem sempre é possível mudar hábitos e comportamentos do dia para noite sozinhos e, deste modo, buscar o auxílio de um profissional qualificado neste momento pode ser tornar imprescindível para conquistar este novo estilo de vida, analisando caso a caso e buscando soluções antenadas com seus desejos de emagrecimento.
Carlena Pupa é Consultora de Emagrecimento Pós-graduada em Transtornos Alimentares, Obesidade e Cirurgia Bariátrica