Origens dos nomes das cidades: João Neiva, Laranja da Terra e Linhares

Foto: Divulgação Prefeitura Municipal de João Neiva

Origem Evolutiva dos Topônimos Capixabas – Parte 12

Completando três meses desde que iniciamos a publicação da série origem e evolução dos municípios, chegamos a décima segunda parte onde apresentando a história evolutiva de mais três topónimos municipais

JOÃO NEIVA

(A natureza não se cansa de encantar)

Bandeira de João Neiva

O pequeno Povoado de João Neiva, existente aproximadamente desde 1877, no município de Pau Gigante, atual Ibiraçu foi elevado a categoria de Distrito de João Neiva, com a edição da Lei Estadual nº 1.305, de 30/12/1921.

A elevação à categoria de município adveio com a vigência da Lei Estadual nº 4.076, de 11/5/1988, quando passou a ser denominado de Município de João Neiva.

O topônimo João Neiva é uma homenagem a João Augusto Neiva (1847-1909), engenheiro e deputado federal baiano. “No início do século XX, o deputado muito lutou na Câmara Federal para a instalação da “Estrada de Ferro Diamantina”, que pertencia à “Companhia Estrada de Ferro Vitória a Minas”.

Com a instalação da Estrada de Ferro surge a Estação Ferroviária. O terreno para a realização da obra foi doado pelo Sr. Negri Orestes. Pedro Nolasco, que foi o idealizador da construção da “Estrada de Ferro Diamantina”, para homenagear o deputado baiano, deu à Estação o nome de “João Neiva”, que no seu entorno surgiu o povoado de “João Neiva” (IBGE on line. História e Fatos. João Neiva).

LARANJA DA TERRA

Bandeira de Laranja da Terra

Por volta de 1870 o Povoado de Laranja da Terra integrava o município de “Porto de Cachoeiro de Santa Leopoldina”, atual “Santa Leopoldina”. Porém, quando da criação do município de Afonso Cláudio, pela Lei Estadual nº 53/1890, a este passou a pertencer.

Um quarto de século depois, quando da edição da Lei Estadual nº 1.012, de 30/10/1915, o povoado foi elevado à categoria de Distrito de Laranja da Terra. Passados quase três quartos de século, deu-se a elevação à categoria de município, quando da edição da Lei Estadual nº 4.068, de 6/5/1988,passando a ser denominado Município de Laranja da Terra.

A toponímia municipal advém de quando o município, ainda diminuto povoado, estava sob a jurisdição do município de “Porto do Cachoeiro de Santa Leopoldina”, atual Santa Leopoldina, ao fazerem a medição de terras, chegando perto de um córrego, depararam-se com um pé de laranja de uma variedade muito rústica. Convencionou-se que se tratava de um pé de laranja da terra. A partir daí o córrego recebeu este nome, mais tarde o povoado, o distrito e, por último, o município (Laranja da Terra, on line, História).

LINHARES

(Nesta planície tão bela do Estado)

Bandeira de Linhares

A atual “Capital Estadual do Cacau”, assim declarada pela Lei Estadual nº 9.780, de 3/1/2012, teve início no limiar do século XIX em um pequeno aglomerado rural inicialmente denominado “Povoado de Coutins”. Por volta de 1809, teve a denominação alterada para Povoado de Linhares.

Com o crescimento populacional e a edição do Decreto Provincial de 26/8/1818 foi elevado à categoria de Freguesia de Linhares. Já a elevação à categoria de município, à época, denominado de Vila de Linhares, com sede no distrito do mesmo nome, adveio com a publicação da Resolução Conselho do Governo de 2/4/1833.

Passados três quartos de século, exatamente em 2/11/1907, com a edição da Lei Estadual nº 488/1907, a sede da Vila de Linhares foi transferida para o distrito de Colatina, o qual, a partir da edição da Lei Estadual nº 1.317, de 30/12/1921, passou a ter a denominação da Vila, ou seja: Vila de Colatina, tendo em seu território o Distrito Linhares.

Decorridos quase duas décadas desde então, o Distrito de Linhares foi territorialmente desmembrado de Colatina e elevado a Município de Linhares, conforme dispôso Decreto-Lei Estadual nº 15.177, de 31/12/1943

A toponímia municipal é uma homenagem ao português “Rodrigo Domingos de Sousa Coutinho Teixeira de Andrade Barbosa” [1755-1812], primeiro “Conde de LINHARES” [título moderno] e ministro de estado do Governo Imperial, “que mandou fundar à margem do rio Doce, na distância de 8 léguas [38,62 km] da foz, a povoação, hoje cidade, a que se deu o seu nome”.

Até a próxima.

Conheça a origem toponímica de outros municípios capixabas clicando aqui https://bit.ly/3OZhTfD

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