Ortodontista Catarina Riva (Foto: Arthur Louzada)
Segundo a ortodontista Catarina Riva, a sensibilidade tem distintas causas e tratamentos, por isso requer diagnóstico diferencial para cada caso.
A sensibilidade dental – também conhecida como hipersensibilidade dentinária – atinge cerca de 57% da população brasileira, segundo a Colgate Brasil. A ortodontista Catarina Riva explica que o transtorno pode acontecer devido a diferentes circunstâncias, sendo necessário um diagnóstico diferencial para cada caso.
“A hipersensibilidade afeta os dentes devido a superfícies expostas da dentina, que é uma camada interna que se localiza abaixo do esmalte dental. Os sintomas da sensibilidade nos dentes podem variar, podendo ser desde uma dor aguda e rápida, até uma dor crônica e persistente,” afirma a especialista.
A dor da sensibilidade tem início na ingestão de bebidas ou alimentos quentes, gelados, doces ou muito ácidos. Catarina enumera as causas possíveis: cáries; dentes quebrados fraturados ou com trincas; obturações e restaurações rompidas ou com infiltrações; retração das gengivas; apertamento dos dentes; além de escovações inadequadas que causam desgaste dental ou ainda consequência de uma cirurgia periodontal ou da raspagem dos dentes.
A especialista ilustra um caso que atendeu recentemente de uma paciente que estava com hipersensibilidade dentinária devido a uma mordida traumática.”Recentemente atendemos um caso de uma paciente que estava com muita sensibilidade dentária. No exame clínico não encontramos retrações gengivais ou trincas importantes. No exame oclusal, observamos desgaste oclusal na região de pré-molares unilateral e também de incisivos. Quando avaliada a oclusão percebemos uma mordida traumática do lado do desgaste, que não existia com tal intensidade do outro lado. Neste caso, a solução para a sensibilidade foi a indicação de tratamento ortodôntico para corrigir a mordida e, assim, cessar a dor”, relata Catarina.
De acordo com a especialista, devido às numerosas possibilidades de origem do problema é necessário um diagnóstico diferencial para cada paciente. “Muitas vezes a sensibilidade tem distintas causas e tratamentos, por isso devemos avaliar cuidadosamente cada paciente” finaliza.