Síndrome de Sjögren

eamb adriano batistuta cirurgiao

Boca seca pode ser sinal de síndrome de Sjögren

É sempre bom estar atento aos sinais que nosso corpo emite e procurar a orientação do médico antes que o problema possa se agravar.

Muitas vezes, sentimos algum tipo de mal estar, como a ausência de saliva na boca e outros sintomas, e percebemos que nossa saúde não vai muito bem. No entanto, por falta de tempo ou de informação, achamos que são apenas sintomas de estresse, hábitos diários, idade, entre outras causas. Ocorre que nem sempre percebemos que alguns sintomas podem estar associados a uma determinada doença. É o caso da Síndrome de Sjögren, que envolve diferentes órgãos do corpo, trazendo à tona sintomas que podem confundir tanto o paciente quanto o médico, ocasionando no atraso do diagnóstico e do tratamento.

Mas o que é a Síndrome de Sjögren? Há quem acredite que a síndrome é parente do lupus, mas de acordo com a reumatologista pediatra Mirna Thomishi Salume (30 anos), a Síndrome de Sjögren é uma doença reumática auto-imune idiopática, ou seja, de causa desconhecida, que afeta principalmente as glândulas lacrimais e salivares, levando a sintomas de olho e boca secos. Ela pode ser primária – quando o paciente só tem essa doença ou secundária – quando está associada à outra doença como a artrite reumatóide ou lúpus eritematoso sistêmico.

Mirna fala que os principais sintomas da síndrome são olhos e boca secos. “O paciente pode relatar sensação de areia nos olhos ou de corpo estranho, dificuldade para abrir os olhos pela manhã, vermelhidão ocular. A boca seca leva à dificuldade de engolir alimentos secos, sem ingerir líquido, feridas pequenas nos cantos da boca, cáries freqüentes e quebra fácil dos dentes. Pode levar ainda à inflamação nas articulações, músculos e rins, além de acometimento pulmonar e de sistema nervoso central nas formas mais graves da doença”, explica.

O diagnóstico, segundo a médica, é feito pelo conjunto da clínica característica, associado a testes que auxiliam a obter o resultado, como exames de sangue (Anticorpo Anti-Nucleo, Anti-RO/SSA, Fator Reumatoide), medida da quantidade de lágrima (Teste de Schirmer), cintilografia das glândulas e até biopsia de glândula salivar.

Mirna informa que o tratamento é feito por médico reumatologista, utilizando colírios para lubrificação dos olhos, saliva artificial e medicações especificas para a doença, que podem ser via oral e/ou injetáveis. “Além disso, o paciente também deve manter acompanhamento com odontologista e médico oftalmologista”, acrescenta.

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