Meu nome é Rayne. Atenção! Não é RayAne, é Rayne. Cresci corrigindo a pronúncia do meu nome, pois as pessoas costumam ler e automaticamente colocam um A a mais. Quando corrijo a pronúncia, olham novamente e percebem o engano. Perceberam o que acontece? Olham de novo. Os olhos são os mesmos, mas o olhar muda! Tentam ver o nome de outra forma, querem confirmar que não está escrito conforme falaram e ao perceber que realmente não tem um A no meio, pedem desculpas. Digo sempre que não precisam se desculpar e é sincero, porque o “normal” seria RayAne mesmo. Ao perceberem que meu nome não é o “normal”, elogiam, dizem que é diferente, perguntam a origem… e assim vai, com mais um que achava que só existia RayAnes no mundo, mas se deparam com uma Rayne!
A proposta desta coluna é exatamente essa: convidar vocês, leitores/seguidores, a olhar cada situação e/ou história com um outro olhar, buscando compreender outros pontos de vista da mesma situação. Não é necessário mudar o seu ponto de vista ou opinião, no entanto, penso que é extremamente rico olhar além da imagem e das primeiras impressões de tudo o que podemos. É muito rico quando entendemos que o mundo é muito maior que nossa mente, que há mais em uma imagem do que meus olhos conseguem ver.
Ao entender que todas as informações que chegam até nós têm como objetivo principal “fazer nossa cabeça”, é urgente a necessidade de reflexões, debates, leituras, pesquisas e tudo o mais que puder contribuir para que se conheça o máximo possível sobre qualquer coisa, principalmente se o assunto envolve a vida em sociedade.
Ao longo de 27 anos de experiência com pessoas, principalmente as pessoas diferentes, concluí que jamais devemos tirar conclusões sem antes ouvir todos os personagens da história, por mais bizarra que seja. Já me surpreendi o suficiente para sempre, sempre, sempre colocar um “será?” antes de taxar uma pessoa ou situação. O lidar com o diferente trouxe pra mim, enquanto pessoa e profissional, a certeza de que “só sei que nada sei” e que após buscar o máximo de informações, terei uma ideia do que se passa sobre qualquer assunto. A expressão “só sabe quem passa”, que nos dias atuais foi substituída por “lugar de fala”, grita na minha cabeça quase que todos os dias.
Vamos juntos descobrir como é que algo pode ser ou não ser o que enxergamos, o que pensamos ser, o que achamos que é. Vamos olhar de novo e de novo e convidar outros olhares para nos mostrar como uma mesma situação pode ser diferente para cada um.
Rayne de Lúcide de Oliveira – Neuropsicopedagoga ABA.
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