Desanimado é uma palavra muito fraca para descrever o estado em que se encontrava Gideão quando recebeu a visita do anjo. A situação do seu povo era a pior possível. Por sete anos a opressão dos inimigos só aumentava e nada podia impedi-los de virem como enxame de gafanhotos e devastar o país (Juízes 6.1-6).
Quando é chamado de “valoroso guerreiro” (6.12), Gideão expõe todo o seu abatimento com as seguintes palavras: “Se o Senhor está conosco, por que aconteceu tudo isso? Onde estão todas as suas maravilhas que os nossos pais nos contam quando dizem: Não foi o Senhor que nos tirou do Egito? Mas agora o Senhor nos abandonou e nos entregou nas mãos de Midiã” (6.13).
O desânimo sempre mexe com o senso de valor próprio. O filho de Joás se percebe como a pior das criaturas. “Como posso libertar Israel? Meu clã é o menos importante de Manassés, e eu sou o menor da minha família” (6.15). Sua alma estava devastada.
Deus ajudou Gideão a vencer o desânimo. Ele disse: “Eu estarei com você” (6.12,16); infundiu confiança: “Você derrotará o inimigo” (v.16); removeu as dúvidas com vários sinais da sua presença e do seu poder, além de oferecer a estratégia para a vitória.
O final dessa história é icônico. Os homens de Israel derrotaram 120 mil inimigos e a nação teve paz durante 40 anos (8.28). Tudo começou quando Deus disse a um homem desanimado “O Senhor está com você, valoroso guerreiro”.
Pr. Joarês Mendes de Freitas