Era novembro em Trancoso (BA). Um lugar mágico, um feriado de dias mesclados entre sol e chuva. Naquele dia chuvoso a programação era importante demais para minha vida: Pedir em casamento a mulher dos meus sonhos. Na minha mente, nada podia dar errado, tinha de ser especial. Afinal, foram meses desde o planejamento à execução. Tudo começou durante a minha formação em Coaching. Na ocasião, o meu Coach, utilizando uma ferramenta conhecida como “Crenças e Sonhos”, entre outras perguntas questionou-me:
— Qual o seu maior sonho, meta e objetivo para este ano?
— Pedir minha namorada em casamento, respondi.
— Que crença existe dentro de você, a qual você reconhece aqui e agora como limitação para alcançar esse sonho?
— O medo, a insegurança e a ideia de repetir a experiência do último relacionamento.
Eu acreditava que uma relação futura traria mais dor. Levei algum tempo para me sentir aberto a um outro relacionamento, porque eu estava preso no passado. Muitas vezes ficamos presos no passado, cultivamos crenças e paralisamos a nossa vida. Crenças são a programação mental positiva ou negativa adquirida ao longo de nossa existência. Elas determinam nossos resultados, emoções e escolhas. Experiências ruins geram as crenças limitantes, que no meu caso, me faziam desconfiar ou desistir de me envolver de verdade em um novo relacionamento. As crenças limitantes nascem desta forma: quanto mais sofremos com experiências ruins, mais acumulamos uma imagem mental negativa sobre nós mesmos e demais pessoas. O problema é que às vezes, nem sequer estamos conscientes de quais são nossas crenças limitadoras.
Entretanto, quando eu mudo uma crença ocorre uma ação imediata. Assim, comecei a colocar o meu objetivo em prática: primeiro descobri a medida do dedo dela, depois comprei um anel de noivado e, quando decidimos viajar em um feriado, eu pensei: Chegou a hora, vou pedi-la em casamento. Aprendi desde então, que o que nos separa dos nossos sonhos é a nossa capacidade de agir. Você diz a si mesmo que quer mudar, mas está com muito medo de agir? Isso pode ser fruto de um conjunto de crenças limitantes. O início de um novo ano nos leva a refletir sobre o ano que passou, mas também nos ajuda a definir nossas metas e objetivos para o novo ano. Em um trecho de “Alice no País das Maravilhas”, Alice pede ajuda ao gato, numa encruzilhada ela pergunta qual caminho deve seguir. O gato, irônico, responde que depende do lugar aonde quer chegar. Alice diz que isto não importa, está perdida. O gato então responde, sabiamente, que neste caso não importa qual caminho tomar. E você? Sabe aonde quer chegar?
Para algumas pessoas, ter um ou dois objetivos para o ano é algo que parece assustador, mas 2017 está diante de nós como um novo capítulo em um livro, e o que vamos escrever no próximo capítulo deste livro é da nossa inteira responsabilidade. Para isso, precisamos tomar algumas decisões, o que para a maioria, é sempre um grande desafio, pois muitas das vezes preferimos ignorar a situação a ter que fazer uma escolha. Segundo o escritor e palestrante Tony Robbins, “tudo que acontece em nossa vida começa com uma decisão”. E nos momentos de decisão é que o nosso destino é moldado. O meu, foi moldado no dia que tomei aquela decisão. E a propósito: ela disse “sim, eu aceito”.
Aldomar Junior Coach
www.supereseuslimites.com – coach@supereseuslimites.com