A exploração de animais de tração sem os devidos cuidados pode tazer danos à saúde pública
É ainda muito comum vermos no nosso dia a dia, a utilização de veículos com animais de tração como meio de transporte, para deslocar pessoas e cargas nos centros urbanos. Na maioria dos casos, os animais são usados como simples “máquinas”, ou seja, seus donos não têm os cuidados devidos com a hidratação, a alimentação e o descanso adequado que o animal necessita. Lembrando que a exploração desses animais, sem os devidos cuidados sanitários, podem trazer ameaças à saúde pública. Muitos animais não suportam tais condições, e quando não “servem” mais para seus donos, são abandonados, largados à própria sorte. Tais criaturas sofrem tanto que chegam a vir a óbito.
Antigamente, o uso de animais de tração era algo tido como normal, mas hoje em dia, graças às campanhas de conscientização sobre os direitos dos animais e a preocupação dos grupos de proteção animal, essa realidade está mudando aos poucos em algumas cidades.
No município do Rio de Janeiro, foi criada em 28 de dezembro de 2001 a lei 3.350, que disciplina a circulação de veículos de tração animal e dá outras providências. Já nas cidades de São Paulo, Foz do Iguaçu, Recife e Porto Alegre, foi proibido o uso de veículos com animais de tração.
Em São Paulo, a lei municipal 11.887 foi criado em 21 de setembro de 1995 e em Foz do Iguaçu, a lei municipal 3.512 foi criada em 2009; ambas proíbem o uso de veículos de tração animal. Em Recife, o projeto de lei que proíbe o uso de animais de tração foi aprovado em 2011, estabelecendo um prazo de três anos para eliminação total de veículos de tração animal na cidade. Em Porto Alegre, a lei municipal foi aprovada em 2008 e determina o prazo de 8 anos para a eliminação total desse tipo de veículo utilizado.
Em Vitória, foi criado por um vereador, um projeto de lei nº 85/2013 que proíbe a circulação de veículos de tração animal e de animais montados nas vias do município de Vitória. O projeto ainda não foi aprovado.
Em Salvador não foi proibido o uso de veículos com animais de tração, mas foi aprovado um projeto que tem como proposta a criação do chamado: cavalo de lata. O cavalo de lata consiste em um carrinho elétrico ou de pedal, que tem como objetivo a substituição dos veículos de tração animal. Alem da sustentabilidade abordada no projeto, há a importância do bem estar animal.
É importante frisar que além dos malefícios desses veículos para os animais, ele também pode causar acidentes em locais onde o trafego de veículos é abundante.
Apesar das campanhas de proteção animal, há necessidade de divulgação da Lei Federal 9.605, que diz: “maltratar qualquer tipo de animal é considerado crime ambiental” ou seja, quando você vir um animal de tração sofrendo maus tratos, denuncie! Ligue para delegacia de proteção animal de sua cidade, muitos não sabem, mas no ES temos uma delegacia de proteção animal. A denúncia é anônima e os telefones são: 32368136 e 181.
Os tempos mudaram, a exploração deve ficar no passado, os animais são seres que necessitam de respeito. E como diz São Francisco de Assis:
“Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem. Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda .Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida”.
Reflitam!
Paz e Bem
Daniella Muruce
