Bastante normal se utilizar a expressão “uma bola fora” nas situações em que alguém comete uma falha, um erro incomum ou dá uma escorregada inesperada. Isso quer dizer que a pessoa não acertou o alvo. No último dia 27/11, vimos algo bem ao contrário. Num jogo da Liga dos Campeões da Ásia, uma atitude simples do jogador Cristiano Ronaldo significou “uma bola dentro” e acabou ganhando repercussão mundial.
Ainda no início da partida entre o Al Nassr, da Arábia Saudita (equipe do atleta) e o Persepolis, do Irã, o atacante caiu na área ao disputar a bola com o zagueiro adversário. De pronto, o juiz marcou o pênalti. Foi então que aconteceu o inesperado, Cristiano se levantou e fez sinal para o árbitro de que não fora pênalti. Confuso, o juiz recorreu ao VAR e anulou a penalidade.
No mundo do futebol, como todos sabemos, é muito comum ver simulações de todo tipo para se conseguir a marcação de um pênalti. Assim, embora o atleta português não seja, por dizer, um bom exemplo de conduta, seu gesto de honestidade ao rejeitar uma vantagem indevida é algo digno de elogio.
Em Mateus 5.37, Jesus diz: “Se a sua palavra é sim, deve mesmo ser sim; se é não, que seja não de fato. O que escapa disso, procede do maligno”. Agir de forma honesta significa ter apenas uma cara e uma só palavra, ser o mesmo na frente ou pelas costas, é não transigir com a verdade, com a correção e com a justiça.
Pr. Joarês Mendes de Freitas