Investimento em energia solar no país cresce cerca de 50% em 2022

Rafael Castro – especialista em Energia (Fonte: divulgação)

Rafael Castro, diretor de Expansão da Aruna Energia Solar, avalia que a tendência é de aumento de demanda em função das mudanças na tributação que começam a valer a partir de 2023

Levantamento realizado pelo Portal Solar revelou que os investimentos em projetos de geração de energia solar para residências, comércios, indústrias e propriedades rurais passaram de R$ 42 bilhões em janeiro deste ano para R$ 63,6 bilhões no final de agosto. Rafael Castro, diretor de Expansão da Aruna Energia Solar, explica o boomna demanda está relacionado ao aquecimento do mercado com o Marco Legal da Energia Solar.

Com a chamada ‘taxação do sol’, que começa a valer em 2023, será cobrado o uso do sistema de distribuição sobre a energia excedente que é lançada na rede pelas unidades de geração de energia fotovoltaica. No entanto, quem solicitar a autorização para instalação de energia solar ainda em 2022 garante o direito de não pagar taxas até 2045. Já quem fizer a partir de 2023, passará por um período de transição onde haverá cobrança pelo uso da rede de distribuição”, explica.

De acordo com levantamento do Instituto Brasileira de Defesa do Consumidor (IDEC), cerca de 44% da conta de energia é composta por encargos e tributos. Atualmente, nas residências com energia solar, em função da isenção de algumas taxas e utilização de energia própria, a redução mensal nas despesas pode chegar a até 90%. Rafael explica que mesmo com a “taxação do sol”, aplicada aos microgeradores de energia solar, que possuem até 75 kW  de potência, a instalação de micro e miniusinas de energia se mantem vantajosa do ponto de vista financeiro.

O especialista em Energia aponta que a regra de transição do aumento da taxação não inviabiliza os resultados positivos. “Apesar da atualização prevista para o próximo ano, o investimento em energia solar continua tendo um retorno acima da poupança e outras aplicações comuns de renda fixa e aluguel. Hoje o investimento retorna em quatro anos na média e o consumidor tem mais de 20 anos de lucro. Com as regras, na maioria dos casos esse tempo de retorno aumenta em torno de quatro meses a um ano, mantendo o lucro de mais de 20 anos”, explica.

De acordo com a regra de transição, quem já possui o sistema de painéis fotovoltaicos em funcionamento permanece isento até 2045. Quem aprovar o projeto a partir do dia 7 de janeiro de 2023 entra no período de transição, onde é prevista a cobrança escalonada dos custos de distribuição. Para esse último grupo, a cobrança integral será a partir de 2029.

Colaboração: Foco Comunicação

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