A empresária e especialista em economia criativa Nathália de Paulla. Foto: Divulgação
Por Foco Assessoria
O projeto idealizado por empresária representa modelo de economia criativa
Moradores do bairro Jardim Camburi, em Vitória, contarão em breve com novo espaço cultural que reunirá arte, dança, música, gastronomia, moda autoral e decoração. Além de cuidados estéticos. O projeto é da especialista em economia criativa Nathalia de Paulla, que inclusive já toca um modelo parecido. A previsão é de que seja inaugurado nos próximos meses.
O novo espaço compartilhado representa um modelo que promete ser o futuro da economia pós-coronavírus: a economia colaborativa. Nela, prioriza-se a sustentabilidade e o controle de gastos, como explica Nathália.
“É um negócio que conta com vários tipos de produtos e serviços, nesse caso principalmente artesanal e cultural, em que cada pessoa se ajuda. Conseguir um espaço para comercializar produtos nem sempre é fácil. Tem o aluguel do ponto, despesas com funcionários e gastos internos que podem dificultar a abertura do negócio. Além do compartilhamento dos custos, a divulgação e comercialização dos serviços em um mesmo ambiente permite que aconteça uma fidelização do consumidor, contribuindo para a consolidação da marca. Como muitos pequenos empreendedores têm perdido seus negócios, essa pode ser uma boa forma de retomá-los”, disse a especialista.
Visando um ponto de encontro cultural completo, o espaço também contará com pequenos chefs, baristas iniciantes, profissionais da área de estética, beleza e artistas em geral. Nathália comenta que o projeto vai contar com a abertura do comércio para justamente amparar aqueles que sofreram com a paralisação da economia. “Começamos em abril a seleção dos empreendedores e artistas que atuarão no espaço e já foram preenchidas 50% das vagas. Dependendo da demanda poderemos expandir essas vagas”, conta.
Colaboração e aprendizagem
De acordo com a empresária o empreendimento gera um aprendizado constante em muitas áreas: relação interpessoal, objetivos, negócios e o desafio de gerenciar esse modelo compartilhado. “É um equilíbrio que a gente tem que desenvolver para guiar um barco com tanta gente diferente. Já em relação à economia, é uma oportunidade única para todo e qualquer artista. As redes sociais vendem, os sites vendem, mas ainda temos um público que gosta de ir à loja, pegar, analisar detalhes, discutir com o artesão. E como o artesanal não é devidamente valorizado, é muito raro um artista poder sobreviver e ter a sua própria loja”, disse.