Hoje eu trago-vos uma partilha, na qual para muitos ao início poderá sentir aquela vontade de “fugir”, quando escuta falar sobre “Parentes”.
Quando você escuta ou alguém lhe questiona sobre qual seria a sua nota para o “Pilar Parentes”? Já parou para refletir ao que esse Pilar se refere?
Refere-se à qualidade de vida em família, à harmonia que existe entre os membros, ao nível de afetividade, à entrega de tempo de qualidade, ao simples, mas significativo toque e à validação entre ambas as partes. Este pilar analisa a sua relação com os seus pais e irmãos.
Não se refere ao seu contato, sua qualidade de relacionamento com os seus tios, primos e outros graus de parentesco.
A primeira reação normalmente é: eu nem tenho comunicação com os meus parentes, ou eu não quero ter nenhum tipo de contato ou o que trás na sua memória são os acontecimentos e memórias de impacto emocional pelo qual o relacionamento com os seus familiares causaram em você.
Analisamos a capacidade de perdoar e conviver amorosamente, apesar das diferenças pessoais. Importante ressaltar que a vida amorosa e matrimonial se refere ao pilar conjugal, e não ao pilar parentes, pois para muitos de nós esse pilar não o consideramos individual.
Com a construção das nossas próprias famílias, nascimentos dos nossos filhos, com a rotina diária, excesso de compromissos esse tipo de comunhão, encontros ficam cada vez mais raros. O quanto você tem vivido uma relação de qualidade em família? Você se sente amado(a) por ela? Você tem dedicado tempo para amar cada um dos seus familiares? Que lembranças você tem ao lembrar da sua mãe, pai e irmãos caso tenha essa experiência de ser irmã(o)? Eu pessoalmente, não poderei testemunhar essa partilha de irmã, pelo fato de ser filha única, mas cresci e experimentei o que é ser a filhinha dos pais!
Existe uma relação harmoniosa entre vocês, com afetividade, toque e validação? Você abraçou os seus pais em vida? Os abraça em vida? Quanto tempo você fica ali em seus braços apenas sentindo o coração bater e escutando a sua respiração?
Como você vê, avalia e considera a sua relação com os seus pais e irmãos? Há beijo, abraço e tempo de qualidade? Ou o que tem prevalecido são as diferenças, os conflitos?Ah, Lili nunca tive esses momentos na minha infância e hoje os meus pais são velhinhos e já é tarde para resgatar esses momentos! Quero dizer-te que ainda é possível, assim que terminar a sua leitura, abrace, beije, fale o quanto eles são importantes para você, se estão distantes fisicamente ligue, faça um vídeo chamada, envie uma carta e expresse os seus sentimentos, ainda há tempo! Talvez, você esteja pensando hoje não tenho mais os meus pais aqui na Terra, os meus irmãos, eu te convido hoje a abraçar alguém, a ter esse ato que você não teve um dia mas que hoje você é capaz e será importante, significativo para esse alguém! Qual o seu nível de capacidade de perdoá-los quando eles te magoam? Existe respeito em relação às diferenças pessoais?
Uma relação de pais e irmãos ela é igual à construção de um lar sólido e seguro para que todos possam conviver: “começamos construindo a fundação e, assim que finalizada, partimos para o estágio seguinte da obra. E, assim, sucessivamente até que tenhamos um teto e possamos viver em paz no convívio coletivo.
Acontece que, como ocorre em qualquer ambiente familiar, ao longo do tempo, é importante voltar a esses estágios já cumpridos a fim de garantir mais solidez à estrutura. Uma reforma, aqui e ali, é elementar para manter a relação familiar em constante desenvolvimento, e nunca em estagnação ou à beira da ruína.”
Para muitos de nós, vivemos relacionamentos destruídos, em ruínas com quem nos gerou e eu queria sensibilizar você hoje a mudar a sua história com os seus pais e irmãos, a trabalharem juntos e transformarem as vossas histórias, poderemos sempre melhorar o nosso relacionamento.
O que você pode melhorar para viver a plenitude nesse Pilar Parentes?
Quando casei aos 25 anos e saí da casa dos meus pais, eu recordo-me que a última noite antes do meu casamento, eu dormi no meio dos meus pais e o meu desejo naquela hora era eternizar aquele momento para que eu trouxesse nos momentos mais desafiadores da minha vida, aquele sentimento e memória de amor, entrega, segurança e aconchego. Aprendi na distância física, longe deles e vivendo em um outro País a 1700km, aprendendo a falar através de chamadas e a cada ida e vinda para casa a abraçar mais, a olhar mais olho no olho, a falar “eu gosto de ti”, com o passar dos anos e percebendo que HOJE é o dia no qual eu tenho essa oportunidade.
Amanhã? Amanhã você poderá não ser presenteado com essa oportunidade!
Não espere para amar amanhã, não espere olhar olho no olho amanhã, não espere pelo o outro, não espere o abraço do outro, não espere por um novo encontro, faça esse encontro acontecer!
AME HOJE!
